Especial 100 anos da 1ª Grande Guerra Mundial
Olá my dears! Como vão? Espero que bem.
Então hoje dia 29 de julho decidi fazer uma postagem ou no caso um conto- que era pra ter sido ontem- sobre a primeira guerra mundial e deixarei uma música reflexiva que trata do mesmo assunto. Faz um século que ocorreu esse grande conflito e precisa ser relembrado para que não ocorra mais. Reflitam. Obrigada.
1ª Guerra Mundial
16 De junho de 1916
Europa
Passos eram ouvidos.Tiros ouvidos e corpos desabando. A
chuva caía torrencialmente. Henry tentava conter seu coração acelerado, o que
era complicado, pois estava em plena guerra. Seus pulmões se esforçavam para
manter o oxigênio entrando e saindo. Sua respiração entrecortada era vista
facilmente em seu rosto. Ele fora ensinado a nunca demonstrar seus sentimentos,
mas agora estava indo contra as regras de seu pai e de seus superiores que
sempre diziam “não demonstre raiva, dor, pena, mágoa, felicidade, nem sorria
diante de um inimigo e nunca chore” eles estavam certos, porque Henry agora
estava caído com uma bala atravessada entre suas costelas, vendo sua vida
passar por seus olhos.
Agora as lágrimas pareciam querer desabar. Nada podia fazer.
Ele tinha se mostrado fraco quando não deveria ter agido assim. Os covardes
seriam mortos se voltassem sem permissão. Não tinha mais volta. Morreria. Não
teria filhos. Não teria uma família. Tudo que sempre sonhara, evaporara como
água ao ar livre no verão. Os sonhos desaparecem quase completamente quando
estamos morrendo, porém Henry queria acreditar que ficaria bem. Que
sobreviveria aquilo. Sorriria e quebraria regras como todo adolescente com 17
anos. Se apaixonaria pela garota que faria seu coração bater mais forte do que
bate agora. Sofreria por amor. Correria na chuva como uma criança. Até oraria.
Até nesse momento sentiu vontade de orar. Mas orar só quando estivesse em
apuros pareceria desprezo a algo maior.
Henry sempre fora bonito. Aquele garoto de cabelos negros,
de olhos azuis que faria você pensar se sua alma poderia ser da mesma cor que
seus olhos refletiam. Sua alma ingênua imaginou que seria bom se alistar para
ir pra guerra, porque sentia que seu dever seria salvar e proteger sua nação.
Só agora percebeu o quanto estivera errado. Era jovem para perceber que morrer
por pessoas que não suajavam suas mãos por você não valiam à pena lutar. Seus
ideais sempre foram amar quem o amava e conquistar quem te odiava.
Mais corpos estão caindo. A guerra é feita pelos ricos, mas
são os pobres que a lutam enquanto os ricos comem e não sofrem de fome e sede.
Eles nunca saberão o que é ver a morte face a face. Ver os olhos de homens que
já não aguentam seu fardo. É o que nesse dia 16 Henry está vendo, mas só que
agora ele tenta não ver nada antes de morrer. Morrer antes da sua vinda para o
campo de concetracão era algo destinados aos velhos, não aos jovens saudáveis.
Ele estivera enganado. Ser jovem não o tornara diferente dos idosos. A morte
vem para todos.
Por ganância, orgulho e ambição nasceu-se a guerra. Sangue
foi derramado e Henry não é o único a ver seus recentes amigos e conhecidos
caírem na lama sem vida. O que a humanidade fez de errado? Desde quando matamos
nossa própria raça? Desde quando território é mais importante que um indivíduo?
Podemos voltar ao começo? Podemos retornar ao início?
Henry fechou seus olhos e viu o mundo sumindo até não sobrar
poeira. Somos apenas poeira, não levaremos nada daqui, porque então destruir os
outros e a nós mesmos?
Henry não existe mais. Pelo menos no nosso mundo.
Sangue jorra de corpos inertes e encharca o chão. O próprio
sangue de Henry coagulou, um sinal de perda, mas um novo reínicio para ele.
A morte é apenas o começo de uma longa jornada. A humanidade
pode ter salvação, mas a pergunta é quando? Quando viveremos em paz? Nunca saberemos.
As melhores coisas acontecem por acaso. Ou não.
Thalya Amancio
Guns N' Roses
Bem... essa é apenas uma postagem destinada a homenagear e lembrar as milhares de pessoas que morreram na guerra. As mortes nunca serão esquecidas- pelo menos para mim e as famílias que ficaram sem ver seus filhos, parentes, amigos e conhecidos.
Obrigada, my dears e tenham um ótimo dia!
Perfeitas escolha de música! Muito bom gosto (:
ResponderExcluirSeguindo!
http://staffbooks.blogspot.com.br/2014/08/a-parte-reflexao-em-uma-tirinha.html
Obrigada. Esse meu gosto foi trabalho de anos rs
ExcluirObrigada pela visita e apareça sempre.
Abraço
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