Resenha: minhas duas últimas leituras
Olá my dears, mein lieber. Como estão? Espero que bem e se não estiverem bem, ficarão bem. :)
Bom, neste post irei falar e resenhar, claro, sobre as minhas duas últimas leituras: Bilhões e Bilhões e As Filhas Sem Nome. Essas duas obras não são nada parecidas, mas é isso o que procuro: diversificar minhas leituras, para não se ater a só um assunto, embora, sim, eu seja fã de literatura fantástica, no entanto, eu amo cultura, como vocês bem sabem, haha.
Então, let's go!
Bilhões e Bilhões
Aproveitando...
Deem uma olhada no canal que fiz com um amigo - que aliás, participa do blog - chamado Apoteose do Conhecimento. Já lançamos três vídeos. ;)
Bom, neste post irei falar e resenhar, claro, sobre as minhas duas últimas leituras: Bilhões e Bilhões e As Filhas Sem Nome. Essas duas obras não são nada parecidas, mas é isso o que procuro: diversificar minhas leituras, para não se ater a só um assunto, embora, sim, eu seja fã de literatura fantástica, no entanto, eu amo cultura, como vocês bem sabem, haha.
Então, let's go!
Bilhões e Bilhões
Uma visão de mundo
genial
Com a leitura de certos livros podemos nos sentir conectados
e/ou como se estivéssemos conversando intimamente com as palavras do autor. E
na minha opinião, Carl Sagan, conversou – com a ajuda de Ann Druyan – ao longo
de Bilhões e Bilhões comigo.
A obra tratou no início de assuntos matemáticos, o que pode
afugentar muitos leitores que temem este conhecimento. No entanto, se todos
derem uma chance à leitura, verão que todo tipo de assunto será tratado. Desde
potenciação, a criação do tabuleiro persa (o xadrez como é conhecido
comumente), nossa queda genética a ser caçador, ondas que se propagam na água e
os tipos de luzes, questões sobre a existência de vida fora do nosso planeta, o
mundo que nos falta descobrir, as implicações das guerras para a humanidade, a
ameaça de auto- destruição iminente da espécie humana, - com as bombas
nucleares cada vez mais potentes - os CFCS (os cluorfluorcabonetos) e a
destruição da camada de ozônio, o aborto, – pró-vida ou pró-escolha – as
descobertas do mundo científico, - seus prós e contras - e principalmente, uma
reflexão sobre o que devemos fazer para não extinguir a nós mesmos e à
diversidade da natureza.
Sagan para quem não conhece, foi um cientista que buscava
compartilhar e facilitar a busca por conhecimento e sabedoria. Ficou conhecido
mundialmente com a série Cosmos – baseada no livro Cosmos – de treze episódios
de viagens ao redor do universo exterior e interior. O seriado foi um dos quais
mais fez sucesso e que mais disseminou a ciência para as pessoas leigas.
Carl tendo morrido em 1996, nos deixou um legado enorme e
sem precedentes. Seu jeito de conversar sobre a ciência, mudou a maneira de
muitas pessoas pensarem. E Bilhões e
Bilhões, sua última obra – que mal deu tempo de terminar e que graças a sua
esposa Ann que a revisou, pudemos lê-la como está hoje – ofereceram aos olhos e
mente das pessoas um tipo de alimento contra a ignorância, superstição e
fundamentalismo, ou seja, como Druyan fala no epílogo: Carl vive.
As Filhas Sem Nome
Um retrato do
machismo
As Filhas sem Nome apresenta um retrato contudente sobre a
realidade da China rural. As protagonistas são Três, Cinco e Seis – que aliás
foram baseadas em garotas da realidade, quando Xinran, a autora, entrevistava
pessoas para seu programa na rádio Palavras
na Brisa Noturna, quando lhe surgiu a ideia de escrever sobre.
O livro vai tratar de uma sociedade patriarcal, que se um
pai não tiver pelo menos um filho homem – uma cumeeira, como chamam – será
recharçado pela sociedade rural por não ter uma boa ‘semente’. E com o pai das
principais não foi diferente. Por não ter filhos homens, apenas ter
‘palitinhos’, no caso, só filhas mulheres, Li Zhongguo não pode andar de
‘cabeça erguida’. A sua decepção refletiu nos nomes das garotas, que nunca
foram chamadas por nomes verdadeiros, apenas como dito anteriormente, números
de acordo com a sequência em que nasceram.
Para fugir desta realidade terrível, Três, a primeira a
tentar mudar seu futuro, foge com a ajuda de seu Tio Dois, para a cidade de
Nanjing, onde descobre um mundo completamente diferente. Lá as mulheres podem
olhar nos olhos dos homens e serem tratadas como iguais. Logo, quando a família
descobre o sucesso de uma de suas filhas na cidade grande, decidem mandar Cinco
e Seis, no início, para que pudessem criar uma maior renda para eles. E tal
como a terceira, as duas ficam admiradas e estupefatas que apenas alguns
quilômetros possam separar duas realidades distintas. Dois mundos diferentes.
A obra apresenta lados que não conhecemos de nossas relações
humanas e alguns que tanto fingimos não ver. Desde os tempos mais imemoriais, a
mulher vem sendo tratada com um ser menor e submissa às vontades do Homem. Contudo
será que estamos certos? Não deveríamos ser iguais? Claro, que foi detectado
pelos pesquisadores que existe cérebro masculino e um feminino, mas isso ocorre
porque fomos criados para desempenhar papéis diferentes na sociedade. Desde
pequenos foram incutidos ideais como: rosa é para menina e azul é para menino.
No entanto será que uma cor forma quem nós somos? Não são nossas atitudes que
provam quem somos? Então porque julgam? Homens e mulheres são diferentes, porém
isso não quer dizer que devemos ser tratados de maneiras diferentes. Temos
capacidades cognitivas iguais.
Antigamente, os a favor do machismo, argumentavam que
mulheres não conseguiam raciocinar, pois tinham cérebros minúsculos e que
apenas servíam para cuidar de bebês e da casa. Todavía a ciência veio para
provar que se nos der chances de aprender, podemos nos igualar às capacidades masculinas.
Afinal temos cérebros.
Portanto, depois de tanto refletimos sobre o machismo,
podemos perceber que mesmo o livro tendo sido ambientado na China, nos permite
fazer muitas comparações. Principalmente na vida das mulheres numa hierarquia
em que elas não tinham voz. Lógico que isso hoje em dia melhorou, entretanto
bem sabemos que a mentalidade antiquada das pessoas é o mais difícil de
modificar, pois o povo teme mudanças; teme porque adora viver de Panem*; adora
viver na comodidade e não deseja por nada que lhe tirem suas poltronas
confortáveis. E por último, tem medo de mudar de opinião, um tipo de orgulho
cego; uma intolerância cega.
*Uma referência à Panem em que consistia em pão e diversão,
mas conhecida como pão e circo, que acontecia na Roma Antiga, quando existiam
as grandes arenas em que os Gladiadores eram obrigados a lutar até a morte. Além
disso, eram distribuídos pães durantes as exibições, ou seja, resumindo, uma forma
de controlar o povo e garantir que não ficassem insatisfeitos com os
governantes.
Agradeço à quem leu este post até o final. Muito obrigada!!!
Beijos e até mais!
Comentários
Postar um comentário