Os Castelos


(Fotografia de Thalya Amancio, 2022)

Os castelos desabavam. As pessoas estavam alvoroçadas, amedrontadas. Quem enxergou tal cair, olhou e não sabia as consequências que viriam do fim. O susto suplantava tudo. O castelo, símbolo de riqueza, de poder caíra, sem avisos. As muitas pessoas que presenciaram, corriam da poeira que se aproximava. O símbolo acabara. As consequências do fim de uma ilusão material.

Muitos séculos depois, ela olharia para as ruínas e tentaria imaginar o que as pessoas teriam sentido. O fim devia ter deixado todos chocados, como cegos, surdos, presos naquele momento. Sentiam medo, susto... Alguns teriam sido rápidos, corrido do desmoronar, como um instinto de auto proteção. Teriam corrido contra a morte. Medo do desconhecido. Outros, assustados, paralisados. Tantas sensações e olhares diante do desmoronar. O fim nunca se anuncia. Algumas mudanças não surgem de forma alarmante, como ela pensava agora, pisando sobre onde muitas pessoas teriam corrido contra o seu medo. Pisando no caminho entre passado e presente, ela se viu ali, também correndo. Todos temiam mudanças. Não eram muito diferentes. As incógnitas amedrontavam e nublavam nossa visão. O real era atordoante água anos carregar através dos tempos.

Ela se deixou ser carregada.

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