De Sussurro até A Náusea: minha evolução como leitora = devaneio sobre a literatura

Olá my dears, mein lieber!



Se vocês buscarem a primeira postagem do blog verão palavras desconexas e escrita desogarnizada. E se analisarem mais a fundo, claro que comparando minhas antigas leituras com as mais atuais, perceberão que eu cresci e aumentei a carga de informações; a dificuldade da literatura cresceu.



"Quem não lê, mal fala, mal ouve, mal vê."

Monteiro Lobato


E na minha opinião, um leitor começa dando seus primeiros passos com uma literatura de entretenimento-- não veja isso como uma crítica a esse gênero -- e depois com o tempo percebe o mundo vasto de gêneros e tipos de leituras. Não se prendendo mais aquele gênero que o encaixou nesse mundo infinito. Como disse Albert Einstein: a mente que se abre a uma nova ideia, jamais voltará ao seu tamanho normal. E se mudássemos a citação aos moldes do leitor? "A mente de uma pessoa que se abre ao mundo da literatura, jamais voltará ao tamanho normal." Diferente da original, mas exprime o real sentido do que estou almejando.

Ou seja, depois de se tornar leitor(a) nossa mente se torna como líquido, que na sua definição se adequa a qualquer recipiente ou lugar que seja despejado. E aplicando no mundo literário, dependendo da leitura, nós nos adequamos à ela enquanto lemos, e também compreendemos que o universo não é tão simples como muitos nos ensinaram. Nossas mentes, antes enclausuradas por muros invisíveis, como uma cortina de ferro, agora são ilimitadas e pensam, pensam. Não que toda leitura possa nos fazer rever os nossos conceitos, porém depois de entrarmos no rito de iniciação da literatura mais 'pesada', é como se nossas percepções se alargassem. Caem os esterótipos, de mocinha e herói, e vem personagens complexos, que não sabemos -- nem mesmo eles -- quem são. "Prazer, esses são os humanos." E fazendo outra citação, dessa vez de Nietzsche: humano, demasiado humano. Afinal, a humanidade não é complicada? A questão de apenas haver  bem e mal é uma forma muito limitada de ver o mundo. Sair da bolha e enxergar mais horizontes é imprenscidível.

"Apague as luzes, jogue fora as definições
Diga agora tudo o que vê na escuridão..."

Loucure-se por Scalene

Pelo menos essas estão sendo minhas experiências... Muita informação pode fazer a cabeça doer!? Sim... Entretanto ser enganado ou alienado é bem pior. É preciso coragem para ver novas opiniões, conhecer novas pessoas e conhecer diferentes formas de viver.

"Um leitor vive mil vidas antes de morrer, o homem que nunca lê vive apenas uma." 

George R. R. Martin


A leitura não é fácil, e o que é fácil? Alguns têm preguiça, se não a maioria, no é? Outros o trauma da obrigação escolar, que empurrava goela a baixo livros difíceis para adolescentes que nem estavam acostumados com a literatura; será que não percebiam que era preciso primeiro ensinar-lhes o prazer e depois, apresentar-lhes essa literatura difícil? E lógico, é preciso mostrar que se não gostar de determinada obra, desistir não é um erro, contudo até justificável; quem sabe um dia não se volte a ler um livro que antes não gostou? E como somos, mutações ou metamorfoses ambulantes, como diria Raul Seixas, mudamos há cada dia, tanto geneticamente, fisicamente, como mentalmente, e consequentemente muitos conceitos antes inaceitáveis, podem já não o ser. Pior se não mudássemos não é?

           “Tu não podes tomar banho duas vezes no mesmo rio, pois aquelas águas já terão passado e também tu já não serás mais o mesmo.”

Heráclito filósofo pré-socrático


E por que então não tentar diversificar o gosto literário? Veja o exemplo da alimentação, não aguentamos comer só um tipo, ou apenas alguns de comidas. Se não diversificarmos, caímos no simples ato de comer como máquinas; sem apreciar de verdade o que comemos. E acrescentando que precisamos diversificar para que tenhamos uma alimentação de qualidade. E então? Depois de iniciar no vasto universo, cosmos literário, podemos desafiar a nós mesmos e tentar ler livros, aqueles ditos mais complicados pela maioria. Aliás, é disso que precisamos: um alimento para o cérebro.


Portanto, deixo aqui o convite para que esqueça os achismos e os pré-conceitos, e se aventure nesse cosmos. E claro, compartilhe o que aprendeu com suas viagens.






Obs: tenho um post do ano passado que comentei sobre como alimentar o cérebro. Além disso boa parte do que produzi desde 2015 foi voltado para essa linha, porque o cérebro é a parte mais importante do nosso corpo. #MyOpinion #AndOfTheCience

http://thalyalee.blogspot.com.br/2015/09/a-importancia-de-alimentar-o-cerebro.html




E agora, José? Haha Qual a decisão de vocês? E agora, queridos? Reflitam.

Por hoje é só, até mais!


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