Fogo e autrodestruição



Olhei demais para o abismo
A autodestruição chamou
Nietzsche já avisava: não olhes demais para o abismo, ele também te encararás... algo assim.
Eu olhei de volta e aceitei o esquecimento
Nessa noite de sexta, naquela cidade grande, eu me perdi
Conversando contigo recebi o insight e decidi escrever sobre essa vontade humana pela destruição e então foi, lembrei dessa noite,
lembrei da minha autodestruição
Essa noite de esquecimento,
De falta de consciência
Eu precisava escrever sobre isso, meus dedos sentiram a necessidade, o pulsar de dentro
Esse apagão de mim. Eu me joguei no abismo.
O abismo escuro
O apagão impediu que o abismo me encarasse?

Ter-me jogado me transformou no próprio abismo
Eu tornei-me no Outro, esse Outro com massa disforme e incompleta,
Ainda agora sinto essa escuridão em mim,
A mudança só virá com o fogo

Sinto muito, querido
Melancolia, nostalgia...
Sinto muito para alguém da minha idade?
Essa tentativa de esquecer com aquela garrafa de abismos não resolveu tudo...
O apagão desligou meu sofrimento, esse sentir demais.
Queria eu ser feita de pedra...
Não! Jamais!
Deixarei o fogo, o sentir e me transformarei.
A mudança só virá com o fogo

Do fogo, cinzas e a reconstrução,
Se for para se destruir, que seja autodestruição,
Voluntariamente, eu me doo para mim.




Comentários

Postagens mais visitadas